quinta-feira, 8 de janeiro de 2015

"Haters gonna Hate"

As redes sociais têm destas coisas, sempre que há um acontecimento mediático como é o caso do que se passou na redação do Charlie Habdo e, tendo em conta o que implicou (crenças, radicalismo, a liberdade, a sátira, comédia, humor, o jornalismo, etc.) há sempre vozes que protegem, gente que se sensibiliza mas depois há a outra face, a dos que acham que há um mediatismo extremo, acontecimentos que geram massas e rebanhos.

 Li algures pelo FB isto:

"Ora bem, o jornal francês tinha liberdade de expressão tal como vc, mas para muitos o que produzia era de uma forma agressiva, para muitos outros não era, se justifica-se mortes por isso? Nada justifica mortes! Agora quanto as fotos, é o reflexo da mediatização do caso, viu-se o video, foi em França, a nossa comunicação social esta horas e horas a falar disso, e fica sempre bem nós no face mostrar-mos que somos humanistas, e colocar as fotos de perfil para ganhar uns likes, e ir atrás do rebanho, mais difícil é primeiro, a comunicação social dar destaque a outros atentados a liberdade de expressão que ocorrem pelo mundo fora, e segundo, as pessoas que colocaram as fotos desses mesmo casos e se sensibilizarem também por causas semelhantes, e também fazer de igual forma as mesmas manifestações. Mas não o fazem... Senão tornaria-se banal, porque infelizmente, tais acontecimentos que ocorrem contra liberdade de expressão, acontecem varias vezes por ano pelo mundo fora. Então que esta aqui em causa, é a força e o impacto que os midia dão ou não a uma noticia, e depois o feedback que o rebanho ( povo) da, se adere consoante a proximidade ou não do pais que acontece ou não, depois cada um, consoante o impacto que vê que pode causar uma mudança de foto ou uma frase no face, age e analise, se mostrar-se muito indignado ve que tipo de reaçoes pode gerar, se vir que gera muitos likes, então bora todos juntos, se não gera, passa ao lado porque não tem interessa. É a nossa sociedade."

Eu e,  desde já faço um mea culpa, logo cedo coloquei na minha foto de perfil a frase "Je suis Charlie". 
Porquê?
Não, não foi para obter um maior numero de likes ou para seguir a tendência, para agradar ou porque virou moda. Cada um acredita no que acredita e age em conformidade se assim o entender. Há milhares de pessoas a pensar da mesma maneira? Isso é mau?
Porque pensamos todos da mesma forma não nos deveríamos associar à causa, uma vez nobre e justa?
Dizem as mentes mais descoladas e trendy que ser cool  é estar à margem, ser do contra... contra as massas, contra as lutas comuns, contra as expressões de solidariedade. Bom, ser-se solidario, altruísta e sensível deveria estar sempre na moda. Mostrar desagrado (e repito, por mais insignificante e simbólica que seja a forma), num acto público a nossa indiferença face às atitudes macabras de seres toldados pela estupidez e desumanidade nunca, mas nunca poderá ser visto como banal.


Tomar uma atitude, por mais simbolica que seja, já significa falha na personalidade?
Que eu seja influenciável e medíocre nas minhas escolhas então!!





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